Pré-candidatos, Ratinho Junior e Eduardo Leite afinam discurso contra governo federal em evento em Curitiba 1x5q58

Martha Feldens
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Os três governadores do Sul no evento em Curitiba. Foto: Jonathan Campos/AEN

Na abertura do Construa Sul – evento da construção civil que reúne o setor da construção da região sul – na manhã desta quinta-feira (12) em Curitiba, os governadores Ratinho Junior, do Paraná, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, ambos do PSD e ambos pré-candidatos à sucessão presidencial no ano que vem, fizeram críticas ao governo federal. Ratinho falou em economia travada e Leite atacou as tentativas do governo de aumentar impostos sem adotar cortes de gastos na istração federal. Os dois, mais o governador de Santa Catarina, Jorginho Melo (PL), participaram da plenária de abertura do evento, que vai até esta sexta-feira (13).

“O governo não faz a lição de casa da redução de despesas. Não há nenhum apetite, por parte do governo federal, de fazer reformas estruturantes, reforma istrativa, revisão de gastos previdenciários, e tirar o sobrepeso que tem sobre os ombros do contribuinte”, disse Eduardo Leite. Diante dos empresários do setor de construção, ele criticou o plano do governo de taxar aplicações em LCI (Letra de Crédito Imobiliário), que justamente ajudam a financiar a construção civil.

Ratinho Junior cobrou o fim do que chama de travamento econômico. “Nós precisamos destravar o Brasil. O Brasil ainda é o país do ‘não pode’. O Brasil tem que ter mais raciocínio lógico dentro da máquina pública, para destravar o país. Eu acho que esse é o grande desafio”, disse.

Em entrevista aos jornalistas, Ratinho foi perguntado sobre a presença no PSD de Eduardo Leite, mais um pré-candidato à presidência. “Estou muito feliz por ter ao meu lado no PSD, ao lado dos grandes quadros do partido, o governador Eduardo Leite. Nós fazemos parte de uma mesma geração. Ele é um gestor testado, qualificado, que pegou talvez um dos maiores desafios do país, no momento em que ele assumiu o governo, com questões financeiras. Depois teve questões climáticas, e conseguiu dar conta do recado. E colocou novamente o Rio Grande do Sul no protagonismo brasileiro”, disse. “E essa questão partidária, primeiro que para nós é um privilégio. Um partido que tenha não só os nossos nomes, mas outros também, que têm qualidade, qualificação e possibilidade de representar o partido e de alguma maneira debater o Brasil”, completou.

Em seguida, Ratinho defendeu o debate do país para o pleito do ano que vem. “Acho que o mais importante, e essa é uma missão de qualquer partido, é ajudar a debater o país. O Brasil não pode ficar dependente de um, dois ou três projetos. Tem que ter cinco, tem que ter dez projetos partidários pensando no país, ajudando a debater os principais assuntos”, disse. “Num momento lá na frente, o PSD obviamente vai fazer essa avaliação e nós vamos discutir internamente para ver o melhor caminho, a melhor estratégia para colaborar com esse novo Brasil que precisa acontecer”, finalizou.

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