
Operário e Maringá não chegaram à final do Campeonato Paranaense por acaso. As duas equipes foram superiores aos adversários em praticamente toda a competição. E deixaram lições claras para a confusa dupla Atletiba.
O time de Ponta Grossa teve na solidez ofensiva a principal arma. Sofreu apenas 14 gols em 17 jogos. E fez isso de forma disciplinada, com apenas 33 cartões amarelos – o Maringá, por exemplo, recebeu 55. O Fantasma cometeu apenas 11,9 faltas por partida durante todas as fases – enquanto o Dogão fez 17,2, em média.
Além da força defensiva, o time do técnico Bruno Pivetti teve frieza, tranquilidade e competência nas decisões por pênaltis.
Ideias claras 6g16
O Operário soube aproveitar jogadores mal aproveitados pela dupla Atletiba, como o zagueiro/volante Jacy (ex-Athletico), o meia Boschilia (ex-Coritiba) e o centroavante Vinicius Mingotti.
Esse melhor aproveitamento dos jogadores só é possível quando a comissão técnica tem estabilidade para trabalhar e quando há uma ideia clara do estilo de jogo dentro do clube. São elementos que raramente foram vistos na história de Athletico e Coritiba, gestões que preferem demitir treinadores a enfrentar os reais problemas internos.
O time de Ponta Grossa tem demostrado essa clareza com treinadores desde 2015, quando começou um processo de reconstrução. E vem colhendo os frutos desde então.
OS DOIS MELHORES DO PARANAENSE 2025 5w4q34
- Gols marcados
- Maringá 28
- Operário 25
- Gols sofridos
- Operário 14
- Maringá 20
- Cartões amarelos
- Maringá 55
- Operário 33
- Faltas cometidas
- Maringá 17,2
- Operário 11,9
- Posse de bola
- Operário 54,4%
- Maringá 51,8%
- Finalizações
- Maringá 16,5
- Operário 12,1
- Dribles certos
- Maringá 17,8
- Operário 15,9
- Fonte: Sofascore
Maringá 5r2st
O Maringá jogou o suficiente para ser campeão paranaense de 2025. Na final, porém, esbarrou em um metódico e eficaz Operário. Nas semifinais e nas quartas, o time do técnico Jorge Castilho aplicou duras lições na dupla Atletiba.
Castilho já levou o Dogão a três finais do Paranaense e conquistou o o à Série C do Brasileiro. Está no clube desde 2020 e tem o controle total do elenco. Tem conseguido adaptar todos os jogadores ao seu estilo único de jogo. Com marcação individual no campo todo e muita velocidade com a bola, o treinador do Maringá virou um desafio para clubes de Séries A e B. Já venceu Athletico, Coritiba, Flamengo, América-MG e Juventude em duelos recentes.
Grande final o2e1d
A final entre Operário e Maringá foi um excelente espetáculo para o público. Um cenário bem diferente do último Atletiba, marcado por um jogo medroso, modorrento e com 11 expulsões.
Já a grande decisão teve 62 finalizações nos 180 minutos jogados. Foram 37 do Maringá (nove certas) e 25 do Operário (oito certas). E não foram apenas arremates desesperados de longa distância. Do total, foram 36 finalizações de dentro da área (18 de cada equipe).