Maringá x Operário
Maringá x Operário (Crédito: Divulgação/Maringá FC/Fernando Teramatsu)

Operário e Maringá não chegaram à final do Campeonato Paranaense por acaso. As duas equipes foram superiores aos adversários em praticamente toda a competição. E deixaram lições claras para a confusa dupla Atletiba.

O time de Ponta Grossa teve na solidez ofensiva a principal arma. Sofreu apenas 14 gols em 17 jogos. E fez isso de forma disciplinada, com apenas 33 cartões amarelos – o Maringá, por exemplo, recebeu 55. O Fantasma cometeu apenas 11,9 faltas por partida durante todas as fases – enquanto o Dogão fez 17,2, em média.

Além da força defensiva, o time do técnico Bruno Pivetti teve frieza, tranquilidade e competência nas decisões por pênaltis.

Ideias claras 6g16

O Operário soube aproveitar jogadores mal aproveitados pela dupla Atletiba, como o zagueiro/volante Jacy (ex-Athletico), o meia Boschilia (ex-Coritiba) e o centroavante Vinicius Mingotti.

Esse melhor aproveitamento dos jogadores só é possível quando a comissão técnica tem estabilidade para trabalhar e quando há uma ideia clara do estilo de jogo dentro do clube. São elementos que raramente foram vistos na história de Athletico e Coritiba, gestões que preferem demitir treinadores a enfrentar os reais problemas internos.

O time de Ponta Grossa tem demostrado essa clareza com treinadores desde 2015, quando começou um processo de reconstrução. E vem colhendo os frutos desde então.

OS DOIS MELHORES DO PARANAENSE 2025 5w4q34

  • Gols marcados
  • Maringá 28
  • Operário 25
  • Gols sofridos
  • Operário 14
  • Maringá 20
  • Cartões amarelos
  • Maringá 55
  • Operário 33
  • Faltas cometidas
  • Maringá 17,2
  • Operário 11,9
  • Posse de bola
  • Operário 54,4%
  • Maringá 51,8%
  • Finalizações
  • Maringá 16,5
  • Operário 12,1
  • Dribles certos
  • Maringá 17,8
  • Operário 15,9
  • Fonte: Sofascore

Maringá 5r2st

O Maringá jogou o suficiente para ser campeão paranaense de 2025. Na final, porém, esbarrou em um metódico e eficaz Operário. Nas semifinais e nas quartas, o time do técnico Jorge Castilho aplicou duras lições na dupla Atletiba.

Castilho já levou o Dogão a três finais do Paranaense e conquistou o o à Série C do Brasileiro. Está no clube desde 2020 e tem o controle total do elenco. Tem conseguido adaptar todos os jogadores ao seu estilo único de jogo. Com marcação individual no campo todo e muita velocidade com a bola, o treinador do Maringá virou um desafio para clubes de Séries A e B. Já venceu Athletico, Coritiba, Flamengo, América-MG e Juventude em duelos recentes.

Grande final o2e1d

A final entre Operário e Maringá foi um excelente espetáculo para o público. Um cenário bem diferente do último Atletiba, marcado por um jogo medroso, modorrento e com 11 expulsões.

Já a grande decisão teve 62 finalizações nos 180 minutos jogados. Foram 37 do Maringá (nove certas) e 25 do Operário (oito certas). E não foram apenas arremates desesperados de longa distância. Do total, foram 36 finalizações de dentro da área (18 de cada equipe).