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Hospital Pequeno Príncipe realiza Mutirão de Cirurgias de Coluna em julho. (Wynitow Butenas/Dibvulgação)

O Hospital Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital pediátrico do Brasil, promove um mutirão de cirurgias de coluna. Entre os dias 10 e 13 de junho, serão realizadas cirurgias de alta complexidade. Oito adolescentes com escoliose grave arão pelo procedimento. 122f5v

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Os pacientes, com idades entre 10 e 15 anos, são atendidos exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Eles foram selecionados conforme o grau de comprometimento da coluna e o tempo de espera pela cirurgia.

Os adolescentes arão por um procedimento chamado artrodese da coluna, que consiste na fusão de duas ou mais vértebras para estabilizar a estrutura óssea e melhorar a qualidade de vida.

A escoliose é caracterizada por uma curvatura anormal da coluna em forma de “S” ou “C”. Além de dores musculares e desconforto, os casos mais graves podem afetar a capacidade respiratória e o funcionamento do coração.

Mutirão cirurgias de coluna por dia 6o4u2n

Serão duas cirurgias por dia, cada uma envolvendo uma equipe de aproximadamente dez pessoas e com média de duração de quatro horas e 30 minutos. O Hospital contará ainda com o apoio de quatro cirurgiões convidados, três deles ex-residentes da instituição que hoje atuam como referência no tratamento de deformidades da coluna em diferentes regiões do país.

“O impacto desse tipo de cirurgia na vida de uma criança ou adolescente é imenso. Trata-se de devolver dignidade, permitir que eles voltem a brincar, estudar e projetar o futuro com mais autonomia. E, em muitos casos, a cirurgia muda não somente a vida dos pacientes, mas de toda a família”,

afirma o chefe do Serviço de Ortopedia do Pequeno Príncipe, Luis Eduardo Munhoz da Rocha.

Diagnóstico precoce faz a diferença 3a726q

As causas da escoliose podem ser congênitas, neuromusculares, idiopáticas ou degenerativas. A idiopática é a mais comum — representa cerca de 80% dos casos, segundo a Organização Mundial da Saúde — e tem origem desconhecida. Quando identificada precocemente, é possível evitar a progressão da curvatura e preservar a função pulmonar e motora.

“As doenças graves da coluna estão cada vez mais evidentes no público infantojuvenil. Por isso, reforçamos a importância da atenção ao desenvolvimento físico das crianças e adolescentes e da busca por diagnóstico o quanto antes”, destaca Munhoz da Rocha.

Encontro de gerações para transformar vidas 5k3g5

A mobilização também tem um significado simbólico: reúne gerações de profissionais formados no próprio Hospital Pequeno Príncipe. “Algumas dessas cirurgias exigem esforço físico e emocional muito intensos. Seria pesado para a equipe fazer tudo sozinha. Por isso, convidamos colegas que aram pela residência aqui e hoje são referência nacional em escoliose. Além de ajudar nos procedimentos, esse reencontro representa uma rica troca de conhecimento”, realça Luiz Müller Ávila, especialista do Serviço de Ortopedia.

Entre os convidados estão:

  • Samuel Conrad, de Porto Alegre (RS), principal cirurgião de escoliose do estado, ex-fellow do Pequeno Príncipe;
  • Daniel Cunha e André Moreira Castilho, de Belo Horizonte (MG), reconhecidos por sua atuação em deformidades pediátricas em Minas Gerais;
  • Fernando Soccol, de Pato Branco (PR), ex-residente que hoje atua com coluna pediátrica e adulta no interior do estado.

Um serviço com história, ensino e referência 3n514y

O Serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Pequeno Príncipe é o maior do Brasil em atendimento exclusivamente pediátrico e referência nacional no tratamento de escoliose. Em funcionamento desde 1969, foi o segundo do Paraná a oferecer residência médica na área, com reconhecimento da Sociedade Brasileira de Ortopedia e do Ministério da Educação.

Atualmente, conta com 20 médicos e uma estrutura que contempla cirurgias de grande porte, como as que serão realizadas na próxima semana. No centro cirúrgico, uma das salas mais modernas do Brasil está equipada com intensificador de imagem e mesas cirúrgicas ajustadas para diferentes tipos de procedimentos.

“O mutirão é mais do que uma ação pontual. É a síntese do nosso compromisso com a assistência de excelência, a formação profissional e o cuidado integral com nossas crianças e adolescentes”, finaliza Luiz Müller.

Sobre o Pequeno Príncipe

Com sede em Curitiba (PR), o Pequeno Príncipe é o maior e mais completo hospital pediátrico do Brasil. Há mais de cem anos, a instituição filantrópica e sem fins lucrativos oferece assistência hospitalar humanizada e de alta qualidade a crianças e adolescentes de todo o país. Referência nacional em tratamentos de média e alta complexidade, realiza transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea, além de atuar em 47 especialidades e áreas da pediatria com equipes multiprofissionais.

Com 369 leitos, sendo 76 de UTI, o Hospital promove 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2024, realizou 259 mil atendimentos ambulatoriais, 20 mil procedimentos cirúrgicos e 293 transplantes. Reconhecido como hospital de ensino desde a década de 1970, já formou mais de dois mil especialistas em diferentes áreas da pediatria. Desde 2019, o Pequeno Príncipe é participante do Pacto Global e contribui para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), iniciativa proposta pela Organização das Nações Unidas.

A atuação em assistência, ensino e pesquisa — conforme o conceito Children’s Hospital, adotado por grandes centros pediátricos do mundo — tem transformado milhares de vidas anualmente, garantindo-lhe reconhecimento internacional. Em 2024, foi listado como um dos 80 melhores hospitais do mundo que atuam com pediatria e, pelo quarto ano consecutivo, foi apontado como o melhor hospital exclusivamente pediátrico da América Latina pela revista norte-americana Newsweek.