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Divulgação

Há três anos, o Centro Universitário de Pinhais (FAPI) vem promovendo a integração entre conhecimento acadêmico e realidade social por meio da disciplina obrigatória Itinerário Extensionista, presente em todos os cursos superiores no Brasil. Na instituição, essa matéria conecta estudantes e comunidade local em projetos com resultados concretos. Em equipes de seis a dez integrantes, os alunos são desafiados a encontrar soluções coletivas para problemas reais. 5v731l

No curso de Processos Gerenciais, por exemplo, entre os meses de março e maio deste ano, uma das equipes realizou uma consultoria solidária para a empresa Grazi Coxinhas, localizada no bairro Cajuru, em Curitiba. A escolha do negócio partiu de um dos integrantes, que já conhecia a proprietária e suas dificuldades istrativas. A partir de um diagnóstico inicial, o grupo atuou em diversas frentes: organização financeira — com a separação clara entre custos e lucros —, estratégias de marketing, melhorias operacionais e práticas sustentáveis voltadas ao meio ambiente. Foram realizadas seis visitas presenciais para levantamento de informações e acompanhamento das ações propostas.

“Foi a oportunidade de aplicar na prática o que aprendemos em sala. Vimos os desafios reais de um microempreendedor: a correria do dia a dia, a ausência de controles financeiros… Isso nos deu mais clareza sobre o quanto é difícil empreender e como faz falta, para muitos negócios, a capacitação em gestão”, destaca Kelvin Padilha de Lima, aluno do 3º período de Processos Gerenciais.

Grasilene Ferreira dos Santos, à frente da Grazi Coxinhas há quatro anos, avalia a consultoria como um marco importante. “Precisava muito de um planejamento com planilhas, agora estou bem mais organizada. Com a correria, nunca tinha parado para pensar em sustentabilidade. Hoje temos esse novo olhar, além do marketing, que também evoluiu bastante. Já conseguimos mais seguidores no Instagram”, conta.

Extensão que gera resultados 5a6an

A prática extensionista também mobiliza outros cursos. Em Medicina, 52 grupos foram formados para desenvolver ações voltadas à saúde pública e ao bem-estar social. Entre os projetos realizados estão: “Conectando gerações em um lar de idosos”, “Consequências dos alagamentos e transmissão de doenças”, “Saúde ocular na infância”, “Uso de telas e qualidade do sono”, além de atividades com a Casa de Crianças com Neoplasias e em Casas de Acolhimento.

No curso de Direito, os temas trabalhados incluíram bullying nas escolas, o e compreensão das leis municipais – com a iniciativa “Facilitando a Compreensão do Diário Oficial” –, promoção da igualdade racial e de gênero, com projetos como “Pequeno Cidadão” e “Igualdade em Foco”. Também houve ações voltadas à conscientização sobre as queimadas no bairro Guarituba, em Piraquara, e atendimento a migrantes. Estes últimos receberão orientações jurídicas e sociais no próximo dia 28 de junho, na sede da FAPI, para uma melhor adaptação ao país que os acolheu.

“A cada ano, vemos esse movimento crescer dentro da instituição, com maior envolvimento dos cursos e dedicação dos alunos. É uma iniciativa que beneficia a comunidade e contribui diretamente para a formação profissional dos nossos estudantes”, destaca a Pró-Reitora de Pesquisa, Extensão e Inovação, professora Thais E. de Oliveira Lima. Ela conclui: “Projetos como esses demonstram o compromisso da FAPI com sua missão social, ao integrar teoria e prática em ações transformadoras”.