O município de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), recebeu autorização da Justiça para trazer de volta o aparelho de raio-x que está em uso na UPA de Matinhos, no Litoral do Paraná. Mesmo após a denúncia e, posterior investigação, o equipamento seguiu em funcionamento. Atualmente, cerca de 6 mil exames são feitos mensalmente.
Para trazer novamente para Rio Branco do Sul, o custo estimado, de acordo com informações de vídeo publicado pela prefeita Karime Fayad (PSB), é de R$ 11 mil. Além disso, há a possibilidade do equipamento ser danificado durante o trajeto.
O pedido de doação foi feito inclusive pelo prefeito de Matinhos Eduardo Dalmora (PL). Diante disso, Karime publicou que propõe que o equipamento seja doado para Matinhos de forma permanente.
Se o equipamento voltar para Rio Branco do Sul, a prefeitura teria que fazer um leilão para vendê-lo. O valor estimado é de R$ 28 mil. Com isso, o saldo positivo nos cofres públicos do município seria de R$ 17 mil.
No entanto, ela destaca que não vai tomar essa decisão. A prefeita publicou uma enquete nos stories do Instagram e pede que a população vote sim ou não acerca do tema. A votação deve durar de dois a três dias.
Em caso positivo, a prefeitura deve enviar um projeto à Câmara Municipal de Rio Branco do Sul em que vai questionar se há a possibilidade ou não de doação.
Assista ao vídeo da prefeita Karime Fayad y2l
Desvios de máquinas do SUS 735m10
O caso do aparelho de raio-x de Rio Branco do Sul foi noticiado em janeiro pela própria prefeita Karime Fayad nas redes sociais. O aparelho, que deveria estar armazenado no almoxarifado central da cidade, foi localizado na UPA em Matinhos, sob posse de uma empresa terceirizada. A situação levantou suspeitas de irregularidade e motivou a abertura de uma sindicância interna para apurar os responsáveis.
A denúncia partiu do próprio prefeito de Matinhos, que a constatou a presença do equipamento. Uma máquina do município litorâneo também foi encontrada em Almirante Tamandaré, na RMC. O uso também era irregular. A polícia cumpriu mandados na empresa e na residência dos proprietários da empresa terceirizada.
A situação se tornou ainda mais grave quando outro aparelho de raio-X, utilizado no hospital municipal de Rio Branco do Sul, foi identificado como sendo de propriedade da prefeitura de Doutor Ulysses. A investigação do esquema segue em andamento.